Anote na agenda: ‘Cometa do Diabo’ pode ser visto a partir de domingo; saiba como observar

Commons- O cometa 12P/Pons-Brooks, conhecido como 'Cometa do Diabo' Imagem: Nielander/Wikimedia Commons

 Com o nome de batismo 12P/Pons-Brooks, o Cometa do Diabo é da mesma categoria do Halley – ele é um asteroide próximo à Terra e que não apresenta perigo para nós. Sua órbita é bem acentuada, com um período de 71 anos – o que significa que ele só vai passar de novo pelo mesmo ponto depois deste intervalo de tempo.

Sendo assim, essa é a sua melhor (e talvez única) chance de vê-lo. A partir de domingo (21), o Cometa do Diabo vai entrar na sua fase mais brilhante – é quando ele atinge seu periélio, que é o ponto de maior proximidade do Sol. Na terça-feira (23), chega a seu brilho máximo e estará o mais visível possível.

Como observar o Cometa do Diabo?

A partir do dia 23, ele até pode ser identificado a olho nu; mas, para aumentar as suas chances, usar um binóculo ou telescópio é o ideal. Dê preferência para o céu noturno de locais escuros, fora das luzes artificiais da cidade, com céu limpo.

A vista também precisa estar livre na direção oeste, que é onde o cometa vai dar as caras. Ele vai aparecer bem na parte debaixo do céu, próximo à linha do horizonte, logo após o pôr do Sol, quando as estrelas já estiverem visíveis.

Isso vai variar conforme a região do país, já que o horário do pôr do Sol varia. Em São Paulo, por exemplo, é por volta das 17:50. Mas não vá com expectativas super altas de ver um lindo e marcante raio verde cortando o céu. A apresentação vai ser mais singela, então se mantenha realista.

Porque “do Diabo”?

Os pesquisadores acreditam que 12P/Pons-Brooks seja um cometa criovulcânico. Isto significa que o gelo, a poeira e o gás que o formam entram em erupção quando o calor do Sol aumenta a pressão no seu interior rochoso.

Essas erupções também geram surtos de magnitude, em que o cometa fica mais brilhante do que o normal. Em um desses surtos, o cometa parecia ter duas caudas. Sua forma lembrava uma ferradura – ou um cometa chifrudo, daí o nome.

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