“Cometa do diabo” que cospe gelo se aproxima da Terra – e pode ficar visível a olho nu

 

Sem oferecer riscos à Terra, cometa 12P/Pons-Brooks segue em sua trajetória para o Sol com explosões que lembram chifres. Imagem: Justin Wolff/ Unsplash/ Reprodução

Depois de se aproximar do Sol pela última vez na década de 1950, o cometa 12P/Pons-Brooks, também conhecido como “cometa do diabo”, está mais uma vez a caminho do astro rei. Em sua trajetória, ele deve se aproximar bastante da Terra. 

A boa notícia é que essa aproximação não oferece risco algum ao planeta, uma vez que o cometa ainda estará a uma distância segura de cerca de 1,5 unidade astronômica da Terra. Para comparação, o Sol está a uma unidade astronômica do planeta.

Dessa forma, o “cometa do diabo” estará perto o suficiente para ser visto a olho nu (ou ao menos com a ajuda de um binóculo, sem necessidade de telescópios), mas distante o suficiente para não causar danos à Terra.

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Ele deve estar visível no dia 21 de abril de 2024, quando acontece o periélio, nome dado ao ponto da órbita mais próximo da estrela. Por suas explosões, ele tende a ficar claro o suficiente para que observadores consigam enxergar sua passagem.

Por fim, “cometa do diabo” será lançado gravitacionalmente de volta ao sistema solar exterior. Lá, deve reiniciar sua volta ao redor do Sol, voltando a se aproximar da Terra apenas em 2095.

Sobre o cometa 12P/Pons-Brooks

O cometa leva o nome do astrônomo que o observou pela primeira vez, em 1812: Jean-Louis Pons. Em geral, ele tem um núcleo criogênico, ou seja, composto por gelo, poeira, pequenas partículas rochosas e nuvens de gases.

Assim, quando a temperatura sobe e a pressão aumenta, o “cometa do diabo” tem pequenas explosões, em que libera nitrogênio e monóxido de carbono. Essas erupções possuem um formato próprio, um tanto alongado, que se assemelham a chifres. Dessa forma, rendeu o apelido de “cometa do diabo” ao astro.

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